Esforço e canseira que nunca imaginei tê que senti pro poco de comida podê ganhá. Trabaio de cedinho até noitinha sem nenhum lucro, vivo a vida;pra cume,crio até galinha,inté memo um porquinho e pra tratá deles,pranto mandioca,mio e abroba.
E sozinho vivo numa casa piquinininha,mas nunca esquecido,sernpre querido pelos vizinho.Só com lánparina olho pela imensa escuridão . E lá de longe eu fico oiando quando é que a chuva vai cai pra moiá o chão a modo de pode brota o grão pra que tudo fique verde no sertão .
Quando vô pá cidade trago no piguásar,açucar,biscoito,pão,farinha di mio pá fazê o viradinho.Tamém trago um remedinho pá tomá cum chazinho:foia de laranja,hortelã e capim santo bom pa sará,quando tem febre,muito cansaso e otra dô.
A tarde dô uma si lavada no rio ,ai então vô na venda do vilarejo dá uma zoiada nas mulé e pra esquentá dô um gole na cachaça e escuito um violeiro tocando umas modinhas .
Vorto pra minha choça ,rezo pro Sinhô agradecido desse dia,Então deito na minha redi e durmo só acordo com o cantar do galo que de certo já amanhece o dia.
Intão mí alevanto e faço minha reza:tô pronto pa começá di novo,até o dia qui o Senhô vinhe mi buscá pa numca precisá mai acordá.
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